Poço Artesiano ou Água da Chuva na Cisterna?

Poço Artesiano ou Água da Chuva na Cisterna?

A escassez de chuvas, aliada ao consumo irresponsável e a más estratégias de gestão ambiental e de utilização dos recursos hídricos, fez com que o esvaziamento quase completo do Sistema Cantareira levasse à falta de água em varias cidades, agravando uma crise hídrica sem precedentes colocando o Estado de São Paulo em alerta máximo.

É urgente a necessidade de se economizar a água tratada em seu primeiro uso, bem como pensar maneiras de se reutilizar esta água após tratamento.

A falta de água não atinge somente nosso dia-a-dia doméstico acarretando problemas como pilhas de roupas por lavar e banhos de menos. Consequências econômicas como desemprego, queda na produção industrial, a alta de preços, os apagões e a falta de energia elétrica são resultados da interferência da falta de água.

Por isso, é necessário pensar algumas maneiras de aproveitar a água e usá-la de forma racional.

Poço Artesiano

Furar um poço artesiano é a primeira alternativa que nos vêm à cabeça, quando correlacionamos diretamente a crise à falta de chuvas, reservatórios e rios em baixa. Mas ao analisarmos um pouco mais a questão encontramos diversas implicações a considerar:

  1. Furar um poço exige autorização, e pode demorar meses;
  2. O custo pode inviabilizar o projeto, uma vez que é cobrada por metro de perfuração e isto pode variar muito entre o estimado e o encontro efetivo com a água;
  3. Há sempre o risco da perfuração não encontrar água, ou encontrar um volume insatisfatório;
  4. A água de poço precisa passar por constantes avaliações, pois há sempre o risco de contaminação.

Esta solução, devido aos fatores apontados, é mais apropriada no campo (uso de água para irrigação), algumas indústrias e coletivos como condomínios, onde os custos e manutenção são rateados por um número considerável de moradores.

Se não chove de que adianta uma Cisterna?

Considere o volume de água que pode ser captado numa chuva de poucas horas em relação ao uso racional que você fará desta água ao longo do tempo (observe a vazão pelas calhas durante uma chuva…).

A vantagem de um sistema de aproveitamento de água de chuva e reserva em cisternas bem dimensionado a cada caso faz todo sentido, uma vez que uma única chuva poderá encher totalmente a cisterna e o consumo desta água, para os fins a que são aplicáveis (rega de jardins, limpeza de pisos, limpeza de carros, descargas de vaso sanitário, etc) podem se estender por semanas sem chuvas.

O planejamento e o projeto fazem toda a diferença

Um técnico especializado irá considerar em primeiro lugar o uso que se pretende da água captada (quantas pessoas, quantos sanitários, freqüência de lavagem de pisos, etc) e de que forma ela pode ser racionalizada (às vezes substituindo válvulas por caixas acopladas nos sanitários, por exemplo).

Após estas considerações, o dimensionamento do sistema será otimizado para atender esta demanda. Fatores com área de telhado, volume pluviométrico médio da região e capacidade de armazenamento ideal da cisterna serão equacionados e seu projeto terá grande aproveitamento.

Muitas vezes ocorre construção de cisternas sem muito planejamento, ocasionando perdas ou insuficiência de resultados devido ao mau dimensionamento. Procure sempre um profissional especializado para te orientar e indicar os melhores componentes do sistema para o seu caso específico, conte com a EcoCasa!

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