Crise hídrica e educação

Crise hídrica e educação

Quando falamos em crise hídrica a tendência é sempre que se pense em tecnologias, soluções ou mecanismos e processos com os quais é possível diminuir o impacto dos problemas de abastecimento tanto na vida das pessoas quanto na economia. Mas outro tema bastante relevante deve ser levado em consideração: a educação das futuras gerações sobre o uso consciente dos recursos da natureza.
O trabalho voltado para a educação e conscientização das crianças quanto ao meio ambiente e os impactos que seu uso, deve fazer parte de todos os esforços na busca por soluções para os problemas de abastecimento, bem como para as melhores maneiras de usar a água de forma sustentável.

Exemplo que vem da escola

Mesmo o Estado do Amazonas não tendo sido afetado pela crise de abastecimento que tem tirado o sossego da população de outras regiões do país, a Secretaria de Educação vem realizando nas escolas da rede estadual projetos que visam conscientizar os alunos sobre o uso da água e discutir os impactos causados pelo homem na natureza.
Em uma das escolas atendidas o projeto desenvolvido se destina a discutir com os alunos os processos de tratamento pelos quais a água passa até estar em condições de consumo e como, ao se economizar esta água, se economiza também na compra de produtos químicos para tratá-la e em outras partes do processo.
As aulas começam com a análise da água dos bebedouros da escola. Com os resultados em mãos, o trabalho pedagógico é iniciado em sala de aula e conta também com palestras e visitas técnicas á empresa responsável pelo tratamento da água consumida no município de Manaus.
O programa é apoiado pelo Programa Ciência na Escola (PCE) e seu principal objetivo e incentivar os alunos a evitarem o desperdício de água.
Outro exemplo, também de uma escola estadual da cidade de Manaus, é o trabalho desenvolvido em campo, onde os alunos são levados pelas ruas do bairro e, orientados pelo professor, identificam o uso inadequado da água e recebem orientações sobre o modo correto de utilizá-la. Deste modo, as crianças levam para suas famílias as ideias aprendidas na escola e a pequena semente da conscientização vai gerando frutos.
Ambos os projetos são articulados pela Coordenação de Educação Ambiental do Estado do Amazonas.

Educação e inovação

A prova de que trabalhar educação ambiental na escola é importante e produtiva é a grande quantidade de projetos voltados às soluções para uso de água e energia na última edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada entre os dias 17 e 20 de março de 2015 na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli).
Contando com a participação de alunos dos 8º e 9º anos do ensino fundamental, além de alunos dos ensinos médio e técnico, a Febrace apresentou 39 projetos nesta área e os nove melhores trabalhos poderão participar da Intel ISEF (International Science and Engineering Fair), nos Estados Unidos.
A Febrace tem apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) além de investimento de empresas privadas.
Estes exemplos ilustram o quanto a discussão sobre temas como sustentabilidade e a crise hídrica, é importante e fecunda, uma vez que abre oportunidade para soluções.
Nós acreditamos na educação voltada à sustentabilidade como um meio de preparar as próximas gerações para lidar com o mundo do futuro e de preparar este mesmo mundo para recebê-las. E você?

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