Com o novo risco de uma crise hídrica batendo à porta de diversas cidades a busca por alternativas para melhorar o desempenho hídrico dos imóveis é um assunto que volta a ganhar evidência. Neste cenário, surgem inúmeras dúvidas e questionamentos sobre os sistemas disponíveis atualmente no mercado nacional.

A crise hídrica de 2014, que afetou grande parte do Sudeste, em especial, revelou como as cisternas podem ser fortes aliadas no combate ao fantasma do racionamento, uma vez que são capazes de reduzir drasticamente o consumo de água potável de um imóvel, consequentemente reduzindo a pressão sobre os sistemas de distribuição em períodos onde a oferta de água é prejudicada principalmente pela ausência de chuvas.

Antes de falar dos benefícios que uma cisterna é capaz de ofertar, precisamos conhecer os tipos de cisternas disponíveis atualmente, pois se engana quem acha que a cisterna é um item exclusivo ao aproveitamento de água da chuva, mesmo sendo a cisterna para água da chuva o modelo mais desejado e procurado.

Água pra beber…

O primeiro e mais desconhecido tipo de cisterna é a cisterna para água potável. Pode não parecer, mas armazenar a água potávem em uma cisterna e não em uma caixa d’água é uma opção que pode trazer inúmeras vantagens.

A primeira delas a se destacar é a instalação. Via de regra, a maioria das instalações de cisternas se dão de forma aterrada (daí a principal diferença entre cisternas e caixas d’água). A cisterna é especialmente construída para ter mais resistência às cargas do solo. Uma instalação aterrada garante, além de maior inércia térmica, maior sobrevida da água, uma vez que ela não estará exposta ao sol nem mesmo à drástica variação de temperatura.

Uma segunda vantagem é em relação ao espaço, pois a cisterna pode ser enterrada em seu jardim, de maneira discreta e com o acesso muito mais fácil para futuras limpezas e manutenções.

Por último, convém destacarmos a versatilidade da cisterna para água potável, uma vez que, diferentemente das caixas d’água, as cisternas são equipamentos dimensionados sob medida, especialmente as de fibra de vidro, cujo reservatório pode chegar aos 80.000 litros – Facilitando assim, a aplicação do sistema para fins industriais que requerem uma alta carga de armazenamento, por exemplo.

A única desvantagem da cisterna para água potável x cisterna para água da chuva é que este modelo nada infere sobre a economia de água, uma vez que misturar água potável e água da chuva não é nada salubre (e nem permitido no Brasil), além disso, a criação de uma reserva emergencial de água potável também acaba indo contra a ideia de economia, algo possibilitado pelo modelo para água da chuva, ainda que seja uma prática cada vez mais comum em novas construções.

Agora sim, a grande estrela

Se você veio a ester artigo para ler sobre a cisterna para aproveitamento de água da chuva, agora sim, chegou a vez dela! Queridinha do pessoal que deseja ter mais economia e uma construção mais sustentável, este modelo é de longe o mais procurado e em todas as escalas. Das pequenas cisternas de 5.000 litros às maiores de 80.000, ter uma cisterna virou não somente sinal de sustentabilidade e economia, mas também um critério indispensável nas certificações verdes e na valorização final do imóvel.

A ideia de armazenar a água da chuva para fins não potáveis nos grandes centros urbanos é algo relativamente novo, mesmo sendo a cisterna uma tecnologia já bastante conhecida há milênios. Foi apenas por volta dos anos 2.000 que o modelo para residências começou a ganhar espaço, evidência e escala aqui no Brasil e desde então rapidamente caiu no gosto do brasileiro.

Se não pelo amor, pela dor… As Cisternas para retardo

Engana-se aquele que acha que ter uma cisterna é mero modismo ou uma tendência passageira. Cada vez mais o próprio poder público vem exigindo a prática da retenção e armazenamento da água da chuva das pessoas. Isso porque, uma vantagem pouco observada destes sistemas é que eles “compensam” as áreas impemermeabilizadas de uma construção e, consequentemente, acabam por reduzir o risco de enchentes nos grandes centros urbanos quando utilizados em larga escala. Em algumas cidades, a utilização de tanques de retardo, um modelo específico de cisterna para retenção da água da chuva, vem sendo obrigatória à medida em que surgem novas construções. Tal medida não visa apenas o desenvolvimento sustentável e a economia do usuário, mas sim tal compensação de área impermeabilizada.

Ter uma cisterna é, acima de tudo, uma questão estratégica que carrega consigo benefícios econômicos, sociais e ambientais e, por isso, é um dos sistemas mais sustentáveis para incluir em sua construção!

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Nos vemos no próximo artigo!

Hiago Vilar