Quem paga mais caro na conta de luz muitas vezes nem imagina que o evento atual tem ocorrido em detrimento de uma crise hídrica silenciosa, mas que vem trazendo risco e prejuízo ao bolso do brasileiro.
Com a chegada do período de estiagem em grande parte do Brasil, o nível da água dos reservatórios das principais hidrelétricas estão se esvaziando, tornando a produção de energia mais cara e difícil. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), estamos enfrentando a pior escassez de chuvas para a produção energética dos últimos 91 anos.
Dentre os principais reservatórios para a produção de energia elétrica, localizados no Centro-Oeste e no Sudeste, alguns atingiram o pior nível em 22 anos. São os reservatórios: Marimbondo e Água Vermelha, em São Paulo e Minas Gerais, na bacia do rio Grande; Nova Ponte (MG); Itumbiara e São Simão, no rio Parnaíba, entre Goiás e Minas Gerais.
Mas não é por aí que os problemas acabam. Segundo relata o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Pedro Cortes, em matéria para a CNN Brasil, a crise atual também afeta de forma severa o Sistema Cantareira, um dos mais afetados durante a crise de 2014. Segundo Cortes, “Ela é pior do que a de 2013 porque hoje nós temos 20% menos água armazenada do que no período anterior” (fonte).
Além disso, diversas cidades do interior já começam a sofrer alguns problemas de abastecimento. Algumas, inclusive, têm recorrido ao racionamento no período noturno. Em Salto, no interior de São Paulo, as bombas que captam a água no Ribeirão Piraí, tiveram que ser desligadas, dado o baixo volume do sistema. Outra cidades como Itu e Valinhos também passam por problemas similares. (fonte).
Desde a crise de 2014 as pessoas começaram a despertar para a necessidade de se ter uma reserva de emergência de água em casa, momento em que as Cisternas, fossem elas para água potável ou água da chuva, ganharam grande evidência. Enquanto a cisterna para água potável era apontada como uma ótima solução para reserva emergencial, por manter por um maior periodo a qualidade da água e também por ampliar o volume de armazenamento, a cisterna para água da chuva ganhou evidência justamente por ajudar a reduzir (e muito) o consumo.
Apesar de ser um sonho ainda distante, se toda residência tivesse uma cisterna para aproveitamento de água da chuva em grandes centros urbanos muitos problemas seriam diminuidos, quando não mitigados. O primeiro deles seria a ocorrencia de enchentes e alagamentos, uma vez que o uso de cisternas para aproveitamento de água da chuva em larga escala colabora com a compensação da área impermeabilizada (principal problema causador das enchentes). Além disso, o uso de água da chuva em grande escala também diminuiria drásticamente a pressão sobre os reservatórios de abastecimento de água potável.
Porém, para agravar este cenário, é como se estivessemos voltando para os anos 2000, quando um grave apagão assombrou o País. Na época, não existiam muitas soluções, foi quando começou a ganhar evidência o uso de arquecedores solares. Já nos dias atuais, temos a opção das energias alternativas, e a regra continua sendo a mesma do que em 2014 – As ações que poderão resolver ou diminuir o problema das crises hídricas devem partir não somente do Governo, mas também de cada um de nós.
Atualmente o uso de cisternas consorciadas com energias alternativas traz benefícios em todas es esferas, a começar pelo bolso, pois ambos os investimentos se recuperam, em média, em 7 anos. Já os benefícios para a sociedade só serão atingidos quando ambos os sistemas forem utilizados em larga escala! O que requer uma ação conjunta entre governantes e setor privado para que os sistemas se tornem cada vez mais acessíveis e viáveis, para que aí então, possamos incluir as tecnologias ambientais de uma vez por todas na cultura do brasileiro.
Ainda há muito o que se fazer e desenvolver, e é por isso que desde 2001 a EcoCasa está no front em desenvolver novas tecnologias para o melhor gerenciamento hídrico e numa luta constante para a viabilidade técnica e econômica dessas tecnologias!
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