Ônibus ecológico: mais cidades aderem a ele

Ônibus ecológico: mais cidades aderem a ele

A necessidade de uma maior dinâmica na mobilidade urbana, aliada à redução da emissão de poluentes vem, nos últimos anos, fazendo surgirem novas tecnologias no setor de transportes, sobretudo nos transportes públicos. Isto fica mais bem demonstrado quando observados o número crescente de cidades que adotam os ônibus ecológicos como um dos meios de transporte coletivo.

Os modelos movidos a biodiesel, eletricidade ou hidrogênio são capazes de reduzir em até 90% a emissão de gases poluentes enquanto utilizam 35% menos combustível para rodar. Ou seja, as vantagens são muitas, tanto para o meio ambiente, quanto para as finanças das empresas.

Combustível: o diferencial ecológico e econômico

Cada combustível utilizado pelos ônibus ecológicos apresenta vantagens e particularidades que os torna alternativas mais valiosas:

  • Hidrogênio: o ônibus movido a hidrogênio é híbrido, pois também se utiliza de energia elétrica pra rodar. Em geral são utilizados 9 tanques onde são armazenados 45 kg de hidrogênio, que permite ao veículo rodar 300km, além de três baterias de alto desempenho que tonar possível percorrer mais 40km;
  • Biodiesel: este combustível é produzido através de óleos vegetais como soja e mamona e não causa desgastes no veículo que emite em torno de 65% menos monóxido de carbono na atmosfera;
  • Eletricidade: os ônibus movidos a eletricidade utilizam dois motores. Um a diesel e outro elétrico. O diesel só é utilizado para dar o arranque no veículo. Depois de ganhar velocidade, o ônibus roda com eletricidade que também mantém funcionando o painel e demais instrumentos e sinalizadores.

Menos ruídos e mais saúde

A vantagem da implantação do uso dos ônibus ecológicos nas cidades vai além da financeira.

Uma das cidades pioneiras no Brasil a utilizar este tipo de transporte é Curitiba que, desde 2009, conta com uma frota de 26 ônibus articulados, movidos a biodiesel e com capacidade para transportar até 250 passageiros, o chamado “Ligeirão”.

Desde a implantação do projeto, a prefeitura de Curitiba vem registrando significativas quedas no número de internações hospitalares em decorrência de problemas respiratórios causados pela poluição do ar.

Outra iniciativa bastante interessante no setor de transporte coletivo ecológico é da Prefeitura do Rio de Janeiro, onde um projeto pretende implantar ônibus movidos à energia elétrica e hidrogênio.

Neste caso, além da redução da emissão de gases poluentes, a redução será também de ruído, já que a poluição sonora é outro tipo bastante danoso à saúde.

Movido a hidrogênio também, é o ônibus de um projeto desenvolvido em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista.

Se o ônibus movido a eletricidade não descarta nenhum tipo de poluição no meio ambiente, o movido a hidrogênio descarta apenas vapor de água. Um vapor limpo, isento de poluentes.

Projetos como os elencados acima, foram inspirados em projetos já implantados com sucesso em outras grandes cidades do mundo, onde os problemas de mobilidade urbana e da poluição precisavam de uma solução viável e eficiente.

A cidade chinesa de Shenzen, foi mais longe, além de ser ecológico o ônibus economiza espaço, já que desliza sobre trilhos que estão ao lado das ruas, fazendo com que o ônibus passe por cima dos carros.

Diante de tantas vantagens para a saúde fica fácil entender porque se deve pensar a gestão das cidades cada vez mais voltada para sustentabilidade. Do ponto de vista econômico, iniciativas como os ônibus ecológicos, são duplamente vantajosos: diminuem gastos com combustíveis fósseis, e caros, e diminuem gastos com saúde.

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