Gerenciamento de Resíduos Sólidos

A questão meio ambiente versus consumo precisa ser equacionada. O produto de nosso consumo, o lixo, acumulado em aterros sanitários sem o cuidado devido, tem sido causador de muitos problemas ambientais graves e um entrave para o nosso desenvolvimento eficiente e sustentável.

A destinação dos resíduos sólidos começou a ser repensada ha algum tempo em várias esferas da sociedade, do indivíduo que separa seu lixo para a coleta seletiva ao empresário que busca aumentar sua eficiência produzindo menos resíduos ou reciclando-os, passando por iniciativas de administrações públicas preocupadas com a sustentabilidade.

Devido às especificidades de cada tipo de resíduo (urbano, hospitalar, industrial, de construção, etc) e também em relação à cadeia produtiva a que pertencem, fez-se necessário o desenvolvimento de projetos de gerenciamento de resíduos sólidos para dar a destinação final adequada a cada um deles e/ou realizar a reciclagem/tratamento mais eficiente, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico.

Lei de Resíduos Sólidos

No final do ano passado um passo importante foi dado: a publicação do decreto de regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei 12.305, também chamada simplesmente de Lei de Resíduos Sólidos.

A lei estabelece:

  • O fim dos aterros sanitários irregulares até 2014;
  • Enquadra como crime ambiental a gestão inadequada de resíduos sólidos entendendo que a destinação final adequada deva ser a reciclagem, a compostagem, o aproveitamento energético entre outras;
  • Regulamenta etapas do processo como coleta,transporte, transbordo e tratamento;
  • Estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores e inclusive o consumidor pelo ciclo de vida dos produtos;

O não cumprimeto das normas estabelecidas poderão gerar multas que variam de quinhentos a dez milhões de reais.

Em conformidade com uma tendência mundial, a lei brasileira incorpora conceitos já adotados na Europa com bastante êxito. Já é possível ver tecnologias e processos sendo importados de outros países que tiveram que se enquadrar em leis parecidas desde meados do anos 90.

Logística Reversa

Resumidamente, logística reversa é o processo de retorno de um material do ponto de consumo até sua origem. O exemplo clássico de logística reversa é o processo em que um vasilhame vazio retorna para o estabelecimento comercial que, por sua vez, retorna ao fabricante da bebida para ser tratada e reutilizada, reiniciando o ciclo.

Estes ciclos são especialmente virtuosos em termos ambientais quando realizados com eficiência pois poupam o meio ambiente da extração de mais matéria-prima, reduzem o volume dos aterros contribuindo para o alcace das metas estabelecidas em lei e geram empregos para atividades correlatas quando, por exemplo, a destinação final é a reciclagem de partes do produto.

Projeto de gestão de resíduos sólidos

Projetos bem elaborados na área de gerenciamento de resíduos sólidos trazem mais vantagens para as organizações do que somente evitar as multas em virtude da lei. Em geral, os projetos ajudam a dimensionar melhor os recursos gerando economia na produção e até, dependendo da natureza própria da atividade, podem gerar receita secundária, tornando-se um investimento de retorno direto e indireto.

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